Em linha com as prioridades do Governo de Moçambique no que diz respeito à aplicação de processos biotecnológicos em prole da conservação, caracterização e valorização da biodiversidade bem como do desenvolvimento sócio-económico, a UEM foi mandatada para desenvolver um mestrado em biotecnologia (MB) com o objectivo de criar uma massa crítica capaz de responder aos vários programas nacionais (agricultura, saúde humana e animal, indústria, ambiente, bioempreendedorismo, etc). Em 2009, foi criada uma comissão internacional para a implementação do MB que incluiu docentes da UEM e de instituições três europeias, o IICT, a Universidade de Roma e o CIRAD.
A primeira edição deste curso, pioneiro em Moçambique, teve início em 2011, contando já com três edições. Da parte da cooperação portuguesa, foi estabelecida uma rede de instituições nacionais, que para além do IICT (instituição coordenadora) inclui o ITQB/UNL, o INIAV, a FCUL e o IHMT, que tem apoiado o MB em termos de docência e orientação de dissertações.
A parceria traduziu-se num modelo de sucesso, com indicadores de realização que colocam Portugal e Moçambique ao mais alto nível das cooperações científicas para o desenvolvimento, constituindo um exemplo de como a academia pode contribuir para as relações diplomáticas entre os dois países.
Investigação Agrária para o Desenvolvimento com a África de Língua Portuguesa 